domingo, 8 de novembro de 2009
Pré e Probióticos contra o excesso de peso e diabetes
As fibras em geral são conhecidas pelo seu efeito mecânico de produzir saciedade pelo preenchimento do estômago, assim como pela menor absorção de gordura via intestinal e consequente perda nas fezes. Entretanto, os trabalhos mais atuais estão vinculando as fibras aos seus efeitos metabólicos para redução de gordura corporal. Este trabalho de que falarei agora observou o efeito de fibras prebióticas, ou seja, que podem sofrer fermentação pelas bactérias probióticas. Estas fibras, são especialmente os frutooligossacarídios (FOS), os galactooligossacarídios (GOS), a inulina, o amido resistente e a polidextrose. Nesta publicação de 2009, o objetivo era de examinar os efeitos da suplementação de prebióticos sobre a saciedade e sobre os hormônios produzidos no intestino. Um total de 10 adultos saudáveis (5 homens e 5 mulheres) foram aleatoriamente divididos em 2 grupos que receberam cada 16g de prebióticos (teste) ou 16 g de maltodextrina (placebo) / dia por duas semanas. Ficou demonstrado que o tratamento com prebióticos aumentou a excreção de hidrogênio pela respiração (um marcador de fermentação de microbiota intestinal já que a fermentação de bactérias probioticas produz ácidos graxos de cadeia curta, hidrogênio - H2, metano - CH3 e dióxido de carbono - CO2) em 3-vezes e diminuiu as taxas de fome. Os prebióticos aumentaram o GLP-1 (peptidio semelhante ao glucagon) e PYY (peptidio YY), enquanto as respostas da glicose do plasma pós-prandial diminuíram. Esta redução com certeza pelo efeito de estimulo à liberação de insulina que o GLP-1 provoca nas células beta do pâncreas e os 2 hormônios são redutores da liberação de NPY no cérebro, provocando saciedade. Fibras prebióticas podem ser encontradas em alho, cebola, folhas verde escuras, brocolis, repolho, banana, tomate, batata, mel, entre outros.
Importante: é preciso ter bactérias probióticas no intestino para que esses efeitos possam acontecer, e a mastigação precisa ser lenta para que haja tempo suficiente para produção dos hormônios citados.
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