segunda-feira, 30 de março de 2009

Tá na época do biribá


Biribá é uma fruta da família das anonáceas, parente muito próxima da pinha. Tomei conhecimento deste nome hoje, na banca onde fui comprar. Eu a conhecia como ata, mas o vendedor disse que era biribá, e eu, claro, concordei, e vim pesquisar. Em inglês, é sweetsop. Três diferenças claras entre o biribá e a pinha são o sabor bem menos doce, mais tendendo para um leve azedinho (lembra a graviola) a favor do biribá; a cor da fruta amadurecida, bem amarelo (o que não acontece com a verde pinha), e textura da polpa, que tem menos cristais de açúcar e é um pouco mais rígida (dependendo do pedaço da até para cortar). Nutricionalmente falando, a fruta que eu comprei tinha próximo a 160g. Nesta porção, há 6,8g de fibras, 55mg de vitamina C, 22mcg de ácido fólico, 383mg de potássio, 37mg de cálcio e 3,2g de proteína (valor próximo a alguns cereais e leguminosas). Taí uma ótima opção de fruta da estação. Meus meninos adoraram.

sexta-feira, 27 de março de 2009

Tá na época do Caqui



O Caqui é uma fruta rica em nutrientes. Além de ser ótima para hidratação pelo alto teor de água, também apresenta bom conteúdo de vitamina C (10 a 15mg em 1 caqui médio - ótimo para cicatrizar, para a pele, contra resfriados), alto teor de carotenóides que lhe dão esta bela cor que vai do amarelo, passando pelo laranja até o vermelho da casca (de 2500 a 2700 UI de vitamina A - bom para próstata, visão, rins), ácido fólico e colina (10 a 15mcg por fruta - crescimento e desenvolvimento infantil, memória, raciocinio), além da excelente quantidade de potássio (250 a 300mg - bom para hipertensos, praticantes de atividade física). Ainda chama atenção também pela quantidade de CBA's (compostos bioativos nos alimentos), como os polifenóis (1–2 g/100g - altamente antioxidantes) e as proantocianidinas (relacionadas por exemplo com redução de câncer). Há trabalhos como o de Shela Gorinstein e colaboradores que mostram que ela é capaz de reduzir o colesterol. A fruta é excelente para quem tem obstipação intestinal (prisão de ventre) e devem tomar um certo cuidado com o consumo excessivo quem estiver com a glicemia já alterada. Eu diria para não comer perto da hora de dormir.

Deliciem-se!!

Detalhe: peixe com crosta de farinha de amêndoas ao molho de caqui com sementes de mostarda fica muito bom.

quinta-feira, 26 de março de 2009

Café da manhã antioxidante


Quando nós dorminos a noite, nosso organismo utiliza esse tempo para diversas tarefas, entre elas, promover a detoxificação de xenobióticos, ou seja, trabalha para eliminar as toxinas produzidas, absorvidas e retidas em nosso corpo durante o dia, e acaba produzindo neste período noturno muitos radicais livres. Além disso, por 6 a 8 horas seguidas (tempo médio de sono), nós continuamos respirando, criando novas células, degradando o tecido adiposo, gerando energia, e por consequencia produzindo grande quantidade de substâncias altamente oxidativas. Pos esses motivos defendo a idéia de que o desjejum (café da manhã) deve ser rico em substâncias antioxidantes. Basta ver o exemplo de terapias milenares, como os países orientais que consome os chás derivados da planta camellia sinensis (ban chá, chá oolong, chá verde, branco, vermelho, etc) logo ao acordar pelo alto teor de antioxidantes presentes nesta planta. Ótimo se seguirmos o exemplo e ainda consumirmos alimentos importantes, como por exemplo: prato de mamão com abacate e uvas, com um fio de mel e um pouco de quinua em flocos. Mamão tem vitamina C e licopeno (carotenóide), o abacate tem vitamina E, carotenóides diversos e glutationa e um pouco de vitamina C, uva tem resveratrol e ácido tartárico, mel tem alta concentração de flavonóides e catalase (enzima), e a quinua/quinoa é rica em saponinas. Todos esses compostos citados tem ação antioxidante, fundamental para começar bem o dia. Importante: o cereal integral é fundamental para geração de energia por conta das vitaminas do complexo B (aveia, quinua, trigo integral, granola, musli, etc). Mude já.

quarta-feira, 25 de março de 2009

Vitamina C pode envelhecer as células


A vitamina C (ácido ascórbico) é bastante conhecida por sua propriedade antioxidante. POrém é exatamente pelo fato de ser antioxidante que ela pode se tornar pró-oxidante. Toda molécula capaz de captar elétrons desemparelhados (ação antioxidante), se torna em potencial uma espécie radicalar, caso da vitamina C que faz brilhantemente o papel de antioxidante regenerando a vitamina E e outras células, tecidos, etc, porém também precisa ser regenerada (quem faz isso são o ácido lipoico, glutationa e beta caroteno). Ai vem o problema. Quando tomada isoladamente, especialmente na forma de suplemento, a quantidade proporcional de vitamina C para Vitamina E, beta-caroteno e ácido lipoico é muito maior, fazendo com que sobre vitamina C na forma de radical livre. Isto é verificado na prática como no estudo de Gomez-Cabrera e sua equipe (2008) que testou o exercício físico isolado e o exercício com 1g de vitamina C por 8 semanas. Dentre os vários resultados estava a redução na expressão da PGC1 alfa, um coativador de fatores de transcrição nucleares, capazes de controlar a biogenese mitocondrial, ou seja, aumentar a atividade das mitocondrias. Nesse caso, houve redução na função mitocondrial de atletas, com perda de rendimento, ,menor capacidade de oxidação de nutrientes e geração de energia e indução do estresse oxidativo. Conclusão: não tome suplementos de vitamina C nem de nenhum outro nutriente. Procure orientação do nutricionista.

Frase: NÃO SE VIVE DO QUE SE COME, MAS DO QUE SE DIGERE, ABSORVE E UTILIZA. (Brillat-Savarin)

Obs: clique na fonte descrita abaixo para abrir diretamente o artigo.

FONTE: Am J Clin Nutr 2008;87:142–9.

domingo, 22 de março de 2009

Bactérias e vitamina K combatem a osteoporose


A osteoporose é uma doença de saúde pública, com indices altíssimos em pessoas acima dos 50 anos (cada vez aumenta mais em pessoas jovens), sendo caracterizada pela desmineralização e consequente perda de massa óssea. Muito se fala da importãncia do cálcio para a saúde óssea, mas quero mostrar uma visão um pouco além. Dos diversos nutrientes importantes para o osso, como cálcio, zinco, fósforo, vitamina C, boro, ferro, vitamina A, vitamina D (entre outros), quero destacar a vitamina K. Podemos obter vitamina K (filoquinona) a partir de produtos vegetais (folhas verde escuras em especial) ou de produtos animais (menaquinona - ovo, leite e fígado especialmente). Entretanto, bactérias encontradas na microbiota intestinal humana (especialmente eubactérias e bacteroides)são capazes de produzir vitamina K e suprir de 50 a 70% da necessidades. A vitamina K é fundamental para produção da osteocalcina, proteína encontrada na matriz óssea feita de colágeno, e que responde pela ligação do cálcio a esta matriz. POrtanto, mais uma vez, é preciso cuidar da ecologia intestinal e manter equilibrada a microbiota, pensando até nos ossos.

quinta-feira, 19 de março de 2009

Zinco aumenta apetite



Em minhas aulas sempre abordo a idéia de nutrientes que possam estimular o apetite e hoje acabei lendo um artigo que mostrou exatamente isso. Neste estudo , dois grupos de crianças apresentando recusa a alimentos de sal foram acompanhados durante 6 meses. As crianças do primeiro grupo receberam 1 mg/kg/dia de zinco sob forma de quelato, durante 3 meses, enquanto as do gundo grupo receberam uma solução placebo durante o mesmo período. Resultado: 17 das 20 (85%) crianças que receberam zinco, tiveram aumento de apetite. A hipótese dos autores é a de que a falta de apetite para alimentos temperados com sal, observada freqüentemente nas crianças nos primeiros 4 anos de vida, possa ser, em muitos casos, manifestação de deficiência de zinco, traduzindo a perda do interesse por um sabor que não é percebido. Esta hipótese se baseia na idéia de que nestas crianças ocorra um aumento do limiar para a percepção do sabor. Aliás, para ajudar crianças em geral com falta de apetite, zinco com complexo B (ex: levedo de cerveja) são fundamentais. E a velha e boa receita: sementes de sucupira, biotonico, emulsão scott, etc e tal...

Artigo: Dioclécio Campos Jr. et al. J Pediatr (Rio J). 2004;80(1):55-9.

segunda-feira, 16 de março de 2009

Alimentação infantil: lavagem cerebral

Este vídeo é muito interessante. Foi postado hoje no jornal "O ESTADÃO" em uma reportagem estilo documentário de Estela Renner, que trata das propagandas de alimentos menos saudáveis para crianças brasileiras. Crianças que não reconhecem uma manga, por exemplo. O Video é pesado e pode causar dificuldade para ser visto a depender da velocidade de conexão de cada um. As vezes, baixar o video pode ser interessante também.

ASPARTAME GERA CÂNCER


Aspartame é um edulcorante ou adoçante artificial formado a partir de dois aminoácidos (encontrados nos alimentos - fenilalanina e ácido aspártico) e mais a molécula do metanol. É 160 a 220x mais doce que o açúcar comum, mas não provoca cáries; só até aí vão as coisas boas. Infelizmente ele fornece calorias como o açúcar e é instável sob altas temperaturas (metanol torna-se tóxico - lembrar que metanol é combustível de carros de corrida nos Estados Unidos, por exemplo). Segundo 2 artigos recentes, de 2006 e 07, que recebi hoje da colega Gabi Galsig (a quem agradeço o envio), a ingestão de doses baixas, de 20mg/Kg/dia, é capaz de provocar câncer (aumento de linfomas, leucemias, câncer de mama e câncer renal - pelvis e ureter). Estas doses são consideradas baixas porque o Brasil segue a recomendação do FDA que libera o uso de até 50mg/Kg/dia. Estudos na década de 70 já haviam demonstrado a chance aumentada de problemas neurológicos com o aspartame, além do risco de retardo mental nos recém-nascidos que por ventura desenvolvam a doença chamada de fenilcetonúria, que determina uma incapacidade do fígado de processar um dos constituintes (aminoácido fenilalanina) do aspartame. Independente da idade, sexo, etnia, ou qualquer outra coisa, hoje eu recomendo abolir este adoçante.

domingo, 15 de março de 2009

Betaína para massa muscular


Tenho lido alguns trabalhos que mostram que o uso de betaína pode levar ao aumento de força muscular e retardar a fadiga. Um trabalho divulgado agora em março de 2009, mostrou que o uso de betaína por 15 dias (1.25 g de betaína misturada a 240ml de uma bebida esportiva, pela manhã e a noite), aumentou o número de repetições em exercícios de agachamento. A provável explicação para estes efeitos que os trabalhos tem mostrado é que a betaína é doadora de grupamentos metil (CH3) em uma série de reações enzimáticas que ocorrem nas mitocôndrias do fígado, rim, e músculo. O grupo CH3 é transferido para a homocisteína para formar metionina. Esta transferência é controlada pela enzima betaína homocisteína metil transferase que resulta na transformação da betaína em para dimetillglicina. A Metionina por sua vez é convertida em S-adenosilmetionina (SAMe), que age como um doador dos mesmos grupamentos metil para a síntese de creatina, proteína muscular, responsável pela capacidade de força em exercícios de explosão. A creatina é um tripeptídio formado por arginina, glicina e metionina. Baseado nesses dados é que se pode preconizar que a betaína possa ajudar no incremento da massa muscular pelo aumento de força, mais carga, mais hipertrofia, menor fadiga. A betaína é encontrada especialmente em trigo em grãos, farelo de trigo, gérmen de trigo, quinua, aveia em flocos, espinafre, beterraba, camarão, peixes e soja.

Artigo importante: Hoffman J R et al. Journal of the International Society of Sports Nutrition 2009, 6:7.

sexta-feira, 13 de março de 2009

SELO DE PRODUTOS ORGÂNICOS


Pessoal, se encontra em CONSULTA PÚBLICA O SELO ORGÂNICO que fará a identificação dos produtos orgânicos no nosso país. Todos podem participar da decisão sobre o selo que representará o SISTEMA BRASILEIRO DE AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE ORGÂNICA. Entrem no site www.agricultura.gov.br (Consulta Pública Selo dos Orgânicos), existe um ícone para fazer a votação do lado esquerdo. É bem rápido; faça a sua escolha. Você tem até o dia 19 de março para votar.

quinta-feira, 12 de março de 2009

Carboidratos complexos e simples X refinados e integrais


A classificação tradicional, bioquímica dos carboidratos, diz que estes podem ser complexos ou simples: nos complexos entram os poli e os oligossacarídios, cujos representantes são o amido e a maltodextrina respectivamente. Nos simples, entram os di e monossacarídios, cujos representantes são a lactose, sacarose e maltose (di) e glicose, galactose e frutose (mono). Até há algum tempo, a recomendação para pacientes obesos, diabéticos, entre outros, era de aumentar o consumo de carboidratos complexos e reduzir os simples. Na minha visão, isto precisa deixar de existir pois o que importa para pacientes que tenham estes problemas é a capacidade que estes carboidratos tem de liberar muita ou pouca insulina, e qual a velocidade desta liberação. E ai não importa se são carboidratos complexos ou simples, pelo contrário, o amido, na forma em que a maioria da população consome (arroz polido, farinha de trigo, amido de maisena, pão francês, etc), está refinado, ou seja, o grão do cereal foi processado, perdendo proteínas, gorduras, fibras e micronutrientes, o que o torna um carboidrato refinado (deixou de ser integral), e portanto, com altíssimo poder de liberação de insulina, e em altíssima velocidade, induzindo à obesidade, descontrole glicêmico, resistência à insulina, esteatose hepática, etc. Portanto, vale a pena dizer, carboidratos integrais ou carboidratos refinados ou de alto ou baixo índice/carga glicêmico(a).

quarta-feira, 11 de março de 2009

Pinho reduz apetite



Um trabalho recente publicado por Pasman et al (2006) comparou o efeito de um suplemento comercial chamado PinnoThin™, que é fonte de ácido pinolénico, um derivado de ácido graxo encontrado no Pinhão Coreano (Pinus koraiensis) ou Pinhão Bravo Italiano. O trabalho utilizou 3g do suplemento e observou que 4 horas após a ingestão, os níveis de cck eram 60% maiores do que no grupo placebo. A colecistocinina (CCK) é uma forte estimuladora do centro da saciedade no hipotálamo. Por consequência, este trabalho foi um dos primeiros (há outros de 2006 para cá) sugerindo a utilização desta planta/suplemento no tratamento da obesidade. Fica a sugestão de avaliarmos o Pinho brasileiro, derivado das nossas matas de araucárias, que também dá em várias regiões no Brasil.

terça-feira, 10 de março de 2009

Biogênese mitocondrial e obesidade


Segundo os trabalhos que tenho lido, a restrição calórica (e outros fatores) levam ao aumento na atividade da enzima eNOS responsável pelo aumento do óxido nítrico, que agiria promovendo a formação de GMPc. Este por sua vez, entra no núcleo e ativa a PGC1alfa, que é um coativador de PPAR-gama, fator de transcrição responsável pelo aumento na expressão de genes que codificam proteínas mitocondriais. A formação destas proteínas leva à gênese das mitocondrias, bem como melhora o seu funcionamento - fosforilação oxidativa (processo chamado de biogenese mitocondrial). A biogenese mitocondrial em células adiposas e em células musculares é fundamental para a manutenção do peso e o estado de eutrofia. Alguns artigos recentes já falam em coquetel mitocondrial, atribuindo a idéia de que vários nutrientes podem ser fornecidos associados para aumentar a biogenese mitocondrial, inclusive por proteção ao DNA da mitocondria.

sexta-feira, 6 de março de 2009

Homenagem ao dia internacional da mulher

Hino Nacional às mulheres


Ouvir, ouviram e ouvir-te-ei pra sempre
Às margens de um rio de água límpida
Mulher heróica, que brada e grita em silêncio para se fazer presente
Que se desprende cada dia e vê brilhar o sol da liberdade
És maioria nesta Pátria Brasil
Que torna claro o piso escuro de nossa terra-roxa
Melhor exemplo de braço forte
Pois vence a dor do parto
Vertendo lágrimas e sorrindo sempre
É do teu seio que vem a vida
É com você que vivo a vida
Nascido no berço do teu ventre, deitado eternamente em tua mente,
Santo e iluminado é Deus que te criou
És garrida, na luta, vencida
Não queres ser melhor, nem pior
Apenas amada, idolatrada, salve-salve
A mulher brasileira.

Uma homenagem a todas as outras mulheres, em especial a que me trouxe ao mundo. Mãe, te amo.

quinta-feira, 5 de março de 2009

Gordura de coco contra o HIV/AIDS


Alguns jornais estão circulando hoje notícia sobre um trabalho publicado na revista Nature por Ashley Haase e Pat Schlievert, da Universidade de Minnesota, que trata do monolaurato de glicerol (GML, que é um ingrediente barato, usado em sorvetes e cosméticos e presente no leite materno), que, segundo os pesquisadores, ajudaria a proteger macacas contra a infecção por um vírus similar ao da Aids, e poderia funcionar para proteger mulheres contra a doença. Na verdade, estes dados não são novidade, pois a gordura de coco é feita de TCM, com grande quantidade de ácido laurico (12 carbonos, saturado), que após ingerido, se transforma em monolaurina, substância que provoca solubilização dos ácidos graxos das membranas do envoltório do vírus HIV. Há trabalhos publicados em 2000, 2003 e 2006 que mostram que o ácido laurico ou a monolaurina são capazes de agir contra candida, aspergilus, HIV, estafilococus e estreptococus, reduzem lesão muscular em cavalos e reduzem Lp(a). Importante frizar que para garantir este ácido graxo, é preciso comer a "carne do coco" e não água de coco, ou consumir o óleo de coco extra-virgem.

obs: a foto postada acima é de uma variedade de coco, o dende, muito rico além de ácido laurico, em tocotrienóis, classe da vitamina E, de altissimo poder antioxidante.

segunda-feira, 2 de março de 2009

Leite de cabra e de vaca

O resultado da enquete sobre diferenças e semelhanças entre os leites de cabra e vaca revela a necessidade da discussão e da postagem. Os dois tipos de leite tem composição muito similar: 1 - ambos tem lactose, a quantidade no de cabra é 0,1 a 0,2 menos que na vaca, diferença bem pequena; 2 - Os teores proteico e lipídico são muito similares, praticamente iguais; variam entre 3,5 a 4,0g para cada 100ml (o de cabra tende a ser 0,1 a 0,2 mais gordo que o de vaca). 3 - As proteínas encontradas são as mesmas, porém os subtipos variam: no caso das caseínas, o leite de cabra contém menos alfa-s1caseína , o que já aumenta sua biodisponibilidade (forma poucos coágulos); possui mesmo teor de albumina, e também contém betalactoglobulina, esta última não digerida pelo organismo humano, e indutora de alergias. A principal diferença está na gordura. A melhor digestibilidade do leite de cabra acontece principalmente porque possui alto conteúdo de ácidos graxos de cadeia curta e principalmente de cadeia média(facilmente abosvidos pelo pequeno tamanho) e o pequeno tamanho dos glóbulos de gordura no leite de cabra, o que facilita a ação das lipases (nossas enzimas para digerir gordura). Porém, esta composição de ácidos graxos também pode variar, conforme a ração fornecida aos animais.
Enfim, para paciente com intolerância à lactose, não é uma alternativa. Para pacientes alérgicos à proteína, pode ser uma alternativa, se conhecida a proteína que produz alergia. Para pessoas que tem dificudade de digestão, disbiose, etc, é uma boa alternativa.

Importante: cabra tem 15 a 20mg a mais de cálcio (por 100ml) que o leite de vaca. Tem também mais magnésio e mais potássio, o que torna mais alcalinizante que o de vaca.
Curiosidade: há quem diga que o leite de cabra é mais aceito porque o bezerro nasce com 40Kg e o cabrito tem peso próximo ao do bebê humano (similaridade fisiológica???)

Leia mais: 1 - http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-35982008000400016&lng=pt&nrm=iso
2 - http://www.capritec.com.br/pdf/sensorialcriancas.pdf