quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Proteína hidrolizada na nutrição esportiva

Anteontem saiu uma excelente revisão sobre o uso de proteína hidrolizada para praticantes de atividade física, em especial na capacidade de elevar os aminoácidos séricos, anabolismo proteico muscular, composição corporal, performance no exercício e sintese de glicogênio pos treino. Para baixar o artigo, clique aqui.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Dieta e câncer!!

Será apresentado nos próximos dias o primeiro consenso brasileiro para tratamento do paciente com câncer. Importante que isso ocorra para nortear o tratamento dos pacientes, mas lembrar sempre que a individualização é a melhor forma de abordar um ser humano. Ex: sulforafano do brócolis é um potente inibidor de câncer mas terrível para quem apresenta alterações na tireóide. Veja mais clicando aqui.

Etanol e câncer!!

Não costumo indicar nenhuma bebida que contenha álcool por menor que seja o seu teor. Diversos trabalhos tem mostrado que o etanol reduz a biodisponibilidade de ácido fólico, especialmente no fígado, diminuindo a capacidade de promover metilação adequada do DNA, favorecendo a mudança na estrutura deste componente celular, o que induz a cancer. Além disso, alguns estudos são clássicos em demonstrar que o etanol é um grande estimulador da produção de estrógenos, o que favorece replicação acelerada de células (maior chance de cancer de intestino, mama, fígado, utero, prostata). E uma terceira relação é que o etanol sofre detoxificação de fase I e fase II no fígado. Na fase I é biotransformado em acetaldeído, altamente carcinogênico para o proprio fígado e outras células. Se o etanol não for detoxificado na fase II, acetaldeido acumula. A fase II vai requerer aldeido desidrogenase e NAD, e é possivel encontrar varias pessoas com polimorfismo para esta enzima, ou seja, não consegue fazer a fazer II. Resultado: Agudamente, o efeito tóxico do etanol será a depressão do sistema nervoso central (SNC). Esse fato ocorre, em princípio, devido à ação exercida por este álcool nos sistemas inibitório e excitatório do SNC, onde ele atua potencializando a ação do ácido gama-aminobutírico (GABA), principal neurotransmissor inibitório do SNC, em seus receptores específicos, e ao mesmo tempo inibe a ação do glutamato, um dos principais neurotransmissores excitatórios, nos receptores N-metil-D-aspartato (NMDA). Com isso, ocorre inicialmente euforia e excitação, devido à depressão dos mecanismos de controle inibitório central. Dependendo da concentração, o paciente pode apresentar ataxia, fala arrastada, nistagmo, sedação, irritabilidade, loquacidade, desatenção, estupor, coma e evolução para o óbito, devido à falência respiratória. Cronicamente, a ingestão continuada de álcool etílico poderá produzir tolerância, de modo que, nesses indivíduos, níveis sangüíneos extremamente elevados (300 a 400 mg/dl) não causam sedação aparente e os etilistas incontroláveis não só apresentarão tolerância como também adquirem a dependência física, o que os obriga a manterem um nível sangüíneo constantemente elevado do álcool, começando com uma ingestão diária pela manhã. O acetaldeido produzido cronicamente acaba por provocar lesão de hepatócito e cancer por consequencia.

Cuidado com suplementos manipulados!!

Tenha sua farmácia de confiança e conheça o farmaceutico. Não compre suplemento manipulado que está pronto na farmácia e não mande manipular em qualquer estabelecimento. Confira noticia de hoje, com venda ilegal de suplementos e medicamentos em farmácia no coração de Brasília, em plena Asa Sul. Clique aqui.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Trabalhos assistenciais

Pessoal, Deus me dá muita coisa e só tenho a agradecer e sempre que posso, retribuir o que ele me dá, ajudando o próximo. Dois trabalhos que valem a pena:

1 - gostaria de dar um apoio na divulgação da 4ª Campanha de Doação de Brinquedos para Crianças Carentes da farmácia Essencial (Bsb - DF).De 14 de Setembro a 10 de Outubro estamos recebendo em nossas lojas brinquedos novos de qualquer valor que serão entregues no dia 12 de outubro para as crianças carentes das instituições credenciadas!Todo brinquedo doado pode ser trocado em uma das nossas lojas por um brinde da Essencial, uma necessáire em forma de Mini mochila!Faça uma criança carente Feliz e ganhe um brinde da Essencial! As instituições que serão beneficiadas são até o momento:

- Vida Positiva ( Instituição que cuida de Crianças portadoras do virus HIV - www.vidapositiva.org.br)
- Orfanato Casa de Moisés (Águas Lindas)
- CEAK - (Valparaíso II - faz trabalho com crianças carentes do Lixão de Valparaíso II)
- Centro Social Cantinho do Girassol (Ceilândia)


Obrigada pelo apoio! Contamos com vocês!

Rosângela Koslyk


2 - 8 dia da Alegria - trabalho assistencial realizado voluntariamente pelo motoclube de que faço parte, Pelicano MC (claro, sempre com a participação de vários motoclubes de brasília). O trabalho é muito bonito, além da doação do que for possível, fazemos um trabalho de nos doarmos, em alegria, carinho, uma prece, etc... e nesse ano será em prol de de crianças especiais. Quem quizer detalhes é só acessar a página em www.pelicanomc.com.br


"É dando que se recebe, é perdoando que se é perdoado, e é morrendo que se vive para a vida eterna"

Henrique

terça-feira, 22 de setembro de 2009

ômega-3 em crianças

Queria aproveitar a pergunta e comentário da Marina para escrever sobre este tema. Não existe recomendação para crianças obesas porque quando existe uma patologia (doença), é preciso individualizar e não fazer recomendação geral. Mas existem inumeros estudos que avaliam cituações especificas com adição de omega-3 e seus resultados em crianças. Os trabalhos, na grande maioria, usam de 200mg a 1500mg de EPA/DHA, em diferentes faixas etárias, por tempos diferentes, com diferentes resultados. Há muito trabalho demonstrando bons resultados em tratamento de doenças relacionadas ao cérebro, com autismo, deficit de atenção, memória, cognição, mas gostaria de chamar atenção, que diferente do muitos divulgam por ai, suplementar omega-3 em crianças não é consenso. O que existe de consendo do material da ESPGHAN 2008 é que dieta da mãe precisa ser rica em fontes de ômega-3 para passar este ômega-3 para a criança durante a amamentação e durante os 2 primeiros anos de vida a criança deve receber alimentos ricos em ômega-3, inclusive o leite a ser utilizado após período de amamentação exclusiva deve ser enriquecido com ácido graxos polinsaturados, araquidônico e DHA, pois isso resulta em menor risco para uma série de doenças no fururo.

Quem desejar ler mais, veja estes dois trabalhos abaixo, por exemplo. É preciso ter muito cuidado com o que chamamos de conflito de interesses.

Cognitive and mood effects of 8 weeks' supplementation with 400 mg or 1000 mg of the omega-3 essential fatty acid docosahexaenoic acid (DHA) in healthy children aged 10-12 years. Nutr Neurosci;12(2):48-56, 2009.

Dietary supplementation with n-3 polyunsaturated fatty acids in early childhood: effects on blood pressure and arterial structure and function at age 8 y.
[So] Source: Am J Clin Nutr;90(2):438-46, 2009.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

ômega-3 para gestantes

Desde 2007 existe uma recomendação da Associação Dietética Americana de que todas as gestantes e lactantes devem ingerir ácidos graxos ômega-3, em especial, DHA, em virtude deste ácido graxo ser fundamental para formação neuronal e da visão dos bebês. Segundo a recomendação, o consumo de DHA deve ser próximo a 200mg/dia, e o que os países ocidentais em geral consomem não chega a 150mg/dia. A mesma recomendação mostra que 500mg/dia de EPA e DHA para adultos de uma forma geral, já funciona como preventido de doenças cardiovasculares. O que tendo a discordar da recomendação é que não é viavel consumir fontes de alfa linolênico (nozes, canola, linhça, etc) para ter a presença do DHA pois a conversão destes ácidos graxos no corpo seria muito baixa. Trabalhos do ano passado e deste ano mostram que a taxa de conversão de ALA em EPA pode chegar a 21% (quando a dieta tem proporção 1:1 de w6:w3 ou 16/17% quando esta proporção fica na casa de 5:1, o que é mais viável de se conseguir na prática). A taxa de conversão para DHA é que ficaria na casa dos 1%. Entretanto, a conversão de EPA em DHA acontece pela participação da beta oxidação peroxissomal, o que tem se mostrado muito deficiente nas pessoas. E é este o alvo a ser perseguido e que tenho mostrado nos meus cursos, como estimular a beta oxidação, para não ter que precisar suplementar DHA em altas concentrações, somente em casos necessários. Veja então um cálculo rápido: apesar de valores diferentes em tabelas, usando os menores valores que encontro, em 20g de linhaça (2 colheres de sopa) existem cerca de 5000mg de ALA. Com a taxa de conversão de 1%, temos 50mg de DHA ao dia. Se estimularmos a beta oxidação, essa taxa chega a 3%, ou sejam passamos para 150mg ao dia de DHA. Se for comer peixe 3x na semana, sendo sardinha (mais barata), 80g da carne do peixe, rendem 300mg de DHA por peixe, logo 900mg nos 3 dias (divida por 7, terá mais 130mg ao dia). Ou seja, apenas com um pouco de linhaça e peixe 3x na semana e em pequena quantidade, dá para se conseguir quase 300mg de DHA por dia, no que já teríamos atingido a recomendação para gestante. Se pensarmos em alteração cardiovascular, precisaríamos de 500mg/dia. Mas ainda temos as nozes, o azeite, linhaça em bolos e sucos, óleo de canola para cozinhar, salmão 1x na semana (dia de promoção de carnes, em geral fica mais barato que coxão mole), tudo aumentando o teor de EPA e DHA. Quando estivermos falando de alguém com uma patologia já instalada (ex: hipertrigliceridemia), aí provavelmente será necessária a suplementação.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Suco ou fruta para perder peso?


Essa é uma discussão que se faz necessária. As frutas são alimentos que apresentam inúmeros nutrientes e compostos bioativos importantes, por exemplo, os carotenóides, qu dão cor e tem excelente ação antioxidante, compostos fenólicos, que tem excelente ação antioxidante e antiinflamatório, entre outros.

Mas no caso da obesidade, o que chama atenção é a presença dos acúcares e das fibras. A frutose é o carboidrato principal das frutas e quando sua absorção é rápida,a indução da lipogênese (formação de gordura) é alta, pela liberação excessiva de insulina,pelo estímulo genético de PP2A (fator de transcrição nuclear) e por causar certo grau de resistencia á insulina. Portanto, a fruta deve ser consumida in natura para garantir a presença e ação das fibras, que reduzem a velocidade com que os carboidratos sejam absorvidos. Ou seja, transformar a fruta em suco, reduz a presença de fibras e de sua ação, favorecendo a obesidade. Mas a vantagem de fazer sucos é que os compostos bioativos das frutas se concentram no suco, agindo sinergicamente, ou seja, o poder antioxidante de um suco pode ser maior que o de uma fruta. Além disso, diversos nutrientes para serem absorvidos precisam ser retirados da sua estrutura vegetal (cromoplastos ou cloroplastos), o que pode ser conseguidos pelas espátulas de um liquidificador, garantindo maior absorção destes compostos.

Como fazer então?

1 - Os sucos podem ser incluidos e sempre que puderem, não ser coados.
2 - Os sucos devem ser tomados pela manhã onde o metabolismo dos carboidratos é melhor aceito pelo corpo.
3 - Evitar o máximo possível adicionar açúcar aos sucos.
4 - Adicionar hortaliças sinérgicas às frutas, para garantir que nutrientes não serão oxidados, e aumentar o teor de fibras e compostos bioativos.
5 - Incluir sucos com o objetivo de chegar a 5 porções de fruta ao dia.
6 - Armazenas tampado, em geladeira, em baixas temperaturas e longe da luz, por períodos não superiores a 8 horas (com variação de fruta para fruta).

Os trabalhos mais recentes que fazem este tipo de discussão, também parecem seguir neste sentido. Para ler mais: CASWELL, H. The role of fruit juice in the diet: an overview. Nutr Bull; 34: 273-288, 2009.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Óleo de côco extravirgem e obesidade


Trabalho brasileiro coordenado pelo Prof. Haroldo S Ferreira procurou demonstrar os efeitos do consumo de 30ml de óleo de côco extra virgem em mulheres (comparando com grupo que tomou 30ml de óleo de soja) e sua relação com medidas antropométricas e bioquímicas. Os resultados demonstraram perda de peso, redução do IMC, redução de colesterol e aumento do HDL no grupo que usou óleo de côco. Um dos pontos discutidos no trabalho foi que o óleo de côco conseguiu promovar maior liberação de insulina, o que realmente se vê em vários outros trabalhos que os ácidos graxos saturados, especialmente o ácido laurico (mais prevalente no côco), podem provocar este efeito. Detalhe: a dieta das participantes se tornou hipoglicídica com os óleos, portanto não foram os carboidratos que provocaram liberação da insulina. Um ponto importante a ser observado é que há trabalhos que mostram que os ácidos graxos de cadeia média podem aumentar o colesterol, porém a participação de compostos fenólicos do óleo de côco extra virgem podem ser determinantes nos efeitos positivos nos estudos em que o óleo é investigado. Ou seja, se for para consumir, tem que ser extravirgem, e não TCM puro ou leite de côco (pasteurizado), ou mesmo comer a "carne" do côco, que inclusive é rica em fibras. Importante também foi observar no trabalho que o grupo que usou óleo de soja teve redução significativa de HDL, o que está relacionado ao alto consumo de ácido graxos ômega-6 da soja. Outro fator fundamental, é que as moléculas de triacilgliceróis (triglicerídios) que são incorporadas nas células adiposas são pobres em gordura saturada de cadeia média, e estes ácidos graxos não necessitam de carnitina para serem oxidados nas mitocondrias, portanto se induz á perda de gordura e oxidação desta gordura, reduzindo o IMC e circunferência abdominal.

Queria agradecer ao Prof. Haroldo S Ferreira e sua equipe da Faculdade de Nutrição da Universidade Federal de Alagoas que gentilmente me cedeu o artigo para esta postagem e utilização no Congresso.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

MIF e inflamação do adipócito


A Macrophage Migration Inhibitory Factor (MIF) foi descoberta na década de 60 e foi inicialmente definida como uma substância que inibia a migração de células peritoniais normais, presumivelmente macrófagos. Hoje em dia a MIF é considerada uma citocina reguladora da imunidade inata, principalmente ao nível da resposta inflamatória. Inicialmente, consideravam-se os linfócitos T como a principal fonte da MIF, no entanto, a MIF é uma proteína ubíqua, ou seja, além de ser encontrada na maioria das células do sistema imune (monócitos, macrófagos, células dendríticas, linfócitos B,etc), tem também uma função nos tecidos periféricos, sendo expressa nos orgãos em contato com o meio externo (pulmões, tecido epitelial da pele, trato gastrointestinal etc), bem como em orgãos do sistema endócrino, envolvidos nas respostas de stresse, como o hipotálamo, hipófise, adrenal e mais recentemente tecido adiposo. E ai é que aparecem estudo como o J Koska e cols (2009) que mostraram que a MIF está diretamente relacionada ao tamanho da célula adiposa. A MIF é uma proteína que ativa uma cascata de fatores de transcrição e tradução celular, especialmente envolvendo ERK, MAPK e JNK, que são fatores relacionados à alteração da fosforilação do substrato do receptor da insulina, que leva à chamada resistência à insulina. Ou seja, quanto maior a concentração de MIF, maior o adipócito, maior a inflamação destas células, maior a resistência a insulina. Isto parcialmente explicado porque a MIF quando encaixa nos seus receptores, ativa a fosfolipase A2, envolvendo a libertação de acido araquidonico (w6) pelos fibroblastos, induzindo a formação de eicosanoides inflamatórios. Tratamento: muito extenso, mas passa pela redução da inflamação e maior consumo de ômega-3 (w3).

Ômega-3 pode piorar o sistema imune

Ratos alimentados com óleo de peixe tiveram sua resistência a infecção pelo virus Influenza prejudicada. Isto foi comprovado em estudo em que se utilizou óleo de peixe, rico em ácidos graxos poliinsaturados (n-3), os ácidos eicosapentaenóico e docosahexaenóico, que possuem notadamente propriedades antiinflamatórias. Embora as propriedades antiinflamatórias do óleo de peixe possam ser benéficas durante uma doença inflamatória crônica (especialmente subclínica), as mesmas propriedades antiinflamatórias podem suprimir a resposta inflamatória necessária para combater uma infecção viral aguda (inflamação aguda). Acredito que estamos em uma fase de estimulo para o maior consumo (e até suplementação) de óleo de peixe rico em ácidos graxos n-3 exatamente por conta das várias doenças crônicas inflamatórias, porém com o aumento da ameaça de uma pandemia de influenza, é preciso cautela. Neste trabalho que cito foram utilizados 4 g de óleo de peixe. Embora os ratos alimentados com óleo de peixe tenham apresentado menos inflamação pulmonar comparados aos controles, a alimentação com óleo de peixe resultou também em uma taxa de mortalidade 40% maior, uma carga viral pulmonar 70% maior no sétimo dia após a infecção, e um período de recuperação mais longo. Embora a atividade das células NK (natural killer) do baço tenham sido suprimidas nos ratos alimentados com óleo de peixe, a atividade das células NK do pulmão não foram afetadas. Alem disso, o pulmão dos ratos infectados alimentados com óleo de peixe tiveram significantemente menos células T CD8+ e menor expressão do mRNA da proteína inflamatória de macrófago-1-α, fator de necrose tumoral-α, e interleucina 6. Estes resultados sugerem que as propriedades antiinflamatórias de uma alimentação com óleo de peixe pode alterar a resposta imunológica a infecção por influenza, resultando em maior morbidade e mortalidade. Nesta situações eu manteria a proporção w6:w3 próxima a 10:1.

domingo, 6 de setembro de 2009

Nutrição e doenças do trato respiratório


Tenho recebido algumas solicitações para falar sobre gripe e infecções do trato respiratório de uma forma geral, provavelmente por estas mudanças climáticas que estão acontecendo, em especial, aqui no DF.
Uma planta que gosto sempre de indicar aos pacientes é a Pelagonium sidoides, conhecida como KALOBA. Muitos pacientes usaram com grande eficácia. Ela tem origem africana e tem mostrado efeitos importantíssimos como antimicrobiano e imunomodulador. É muito estudada por sua ação contra sinusite em adultos e contra bronquite em crianças. Apresenta capacidade mucolítica (aumenta a formção e fluidez do muco), e aumento na frequencia de movimento ciliar, o que ajuda a eliminar o invasor. Tem mostrado ação também em aumentar a capacidade fagocítica de macrófagos contra micobactérias, causadora por exemplo da tuberculose. Já vi trabalhos com melhora dos sintomas de faringite e herpes também.

Consulte seu médico/nutricionista.

Para saber mais, veja por exemplo:

http://cat.inist.fr/?aModele=afficheN&cpsidt=21228036
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19191950
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/sites/entrez

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Nutrição e estética - cabelo

Por termos ultrapassado os 100 seguidores, fiz uma postagem de voz e "video", sobre nutrição e estética. Espero que gostem. Abraços.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Entrevista sobre alergias alimentares

Assistam entrevista da minha colega Ana Flávia Máximo ao Globo Comunidade sobre alergias alimentares.

http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM1114304-7823-LEITE+E+DERIVADOS+PODEM+CAUSAR+ALERGIAS+RESPIRATORIAS+DIZ+NUTRICIONISTA,00.html

Extrato de manga africana para obesidade

Andei lendo alguns trabalhos de 2007 para cá sobre a planta Irvingia gabonensis. Tem origem africana, e é conhecida como Manga africana. Seu extrato tem mostrado grande eficácia no tratamento da obesidade. Trabalho mais recente de 2009, duplo cego, randomizado, como manda o figurino, usou 150mg de extrato da semente da IG, 30 a 60 minutos antes do almoço e antes do jantar, por 10 semanas, com 62 homens and 58 mulheres. A maioria dos participantes apresentou perda de peso, perda de gordura corporal, redução do colesterol total, aumento de HDL, redução de citocinas inflamatórias e aumento da antiinflamatória (adiponectina).Importante dizer que houve relato de 17 participantes com flatulências, enxaqueca e dificuldade para dormir (é preciso lembrar sempre que somos bioquimicamente diferentes, portanto reagimos diferente às mesmas substâncias). OS atuores ainda nãos sabem explicar todos os mecanismos envolvidos, mas se suspeita da presença de compostos fenólicos, inclusive com ação antioxidante e antiinflamatória.

Também há trabalhos descrevendo estes componentes à frente que foram extraidos desta planta, e demonstraram eficácia contra fungos e bactérias (gra negativos, gram positivos, espécies de candida - coloco os nomes em inglês porque nada li ainda sobre padronização dos nomes em português - 3-friedelanone, betulinic acid, oleanolic acid, 3,3',4'-tri-O-methylellagic acid, 3,4-di-O-methylellagic acid and hardwickiic acid.)

Realmente a planta parece promissora. Andei lendo que no Senegal se come muita manga. Em Mali se come muitíssima manga. Em Burkina Faso não se come outra coisa.

Em tempo: gostaria de dar meus pesames ao Conselho Federal de Nutricionistas pela péssima divulgação do dia do nutricionista, mais uma vez, mais um ano. No dia 1 de setembro foi dia do Prof. de Educação Física, com encarte na VEJA, propaganda na televisão, etc. Na mesma revista desta semana (revista de maior circulação do país) encarte sobre o dia do psicólogo, 27 de agosto. Já vi algumas propagandas em revistas sobre o dia do biólogo, 3 de setembro. E aquele monte de mulheres reunidas no CFN, fazem o quê?

Em tempo 2: para terminar alegre, observaram meus 2 novos seguidores? Lindos, até parecem comigo....hehehehe...