Esta frase precisa ser ponderada. Estou terminando um artigo sobre nutrição e doenças da próstata a ser publicado no fim do ano ou começo do ano que vem, e um dos alimentos muito estudados nos ultimos anos na questão preventiva e tratativa deste tumor, é soja. Existe um trabalho de 2006 que a dieta a base de soja reduziu o antígeno prostático (PSA) mas não reduziu testosterona, ou seja, a dosagem do antigenp prostático é um marcador mas não de alta sensibilidade/especificidade pois se a testosterona continua alta, ela pode virar dihidrotestosterona (DHT) e induzir ao câncer. Vários trabalhos também tem mostrado que a genisteína, principal isoflavona encontrada na soja, pode ajudar na prevenção e tratamento por agir estimulando genes supressores do câncer de prostata. Os relatos mais atuais mostram que o gene BTG3(gene 3 de translocação de célula B) suprime o câncer de prostata, porem ele tende a estar silenciado em pacientes com esta patologia em virtude da hipermetilação. A genisteína parece reduzir a hipermetilação deste gene e ativar a modificação das histonas, ativando o gene BTG3, supressor do tumor. Mas é importante dizer que os trabalhos não são categóricos em dizer que consumir soja reduz câncer, em virtude do potencial estrogênico da soja, e o que tenho observado mais é a indicação da genisteína isolada ou do consumo habitual de soja, desde a infância, preferencialmente de soja fermentada (ex: tofu) para garantir as isoflavonas na forma aglicada, ou seja, sem estarem ligadas `a moléculas de açúcar (o que também aumenta indicação de não consumir produtos de soja que tenham adição de açúcar).
Vale dizer também que a soja não transgência tem mais isoflavonas que a transgênica. Para ver os valores, clique aqui.
Um comentário:
Henrique, como és um homem que sempre busca o conhecimento, não sei se já leu esse: http://johnrobbins.info/blog/what-about-soy/
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