quinta-feira, 10 de setembro de 2009

MIF e inflamação do adipócito


A Macrophage Migration Inhibitory Factor (MIF) foi descoberta na década de 60 e foi inicialmente definida como uma substância que inibia a migração de células peritoniais normais, presumivelmente macrófagos. Hoje em dia a MIF é considerada uma citocina reguladora da imunidade inata, principalmente ao nível da resposta inflamatória. Inicialmente, consideravam-se os linfócitos T como a principal fonte da MIF, no entanto, a MIF é uma proteína ubíqua, ou seja, além de ser encontrada na maioria das células do sistema imune (monócitos, macrófagos, células dendríticas, linfócitos B,etc), tem também uma função nos tecidos periféricos, sendo expressa nos orgãos em contato com o meio externo (pulmões, tecido epitelial da pele, trato gastrointestinal etc), bem como em orgãos do sistema endócrino, envolvidos nas respostas de stresse, como o hipotálamo, hipófise, adrenal e mais recentemente tecido adiposo. E ai é que aparecem estudo como o J Koska e cols (2009) que mostraram que a MIF está diretamente relacionada ao tamanho da célula adiposa. A MIF é uma proteína que ativa uma cascata de fatores de transcrição e tradução celular, especialmente envolvendo ERK, MAPK e JNK, que são fatores relacionados à alteração da fosforilação do substrato do receptor da insulina, que leva à chamada resistência à insulina. Ou seja, quanto maior a concentração de MIF, maior o adipócito, maior a inflamação destas células, maior a resistência a insulina. Isto parcialmente explicado porque a MIF quando encaixa nos seus receptores, ativa a fosfolipase A2, envolvendo a libertação de acido araquidonico (w6) pelos fibroblastos, induzindo a formação de eicosanoides inflamatórios. Tratamento: muito extenso, mas passa pela redução da inflamação e maior consumo de ômega-3 (w3).

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