quinta-feira, 16 de julho de 2009

Sal aumenta inflamação sistêmica


Estava lendo um trabalho feito com 2633 indivíduos sobre consumo de sódio e inflamação. Do total de participantes, 1597 forneceram amostras de urina e sangue e permitiram as mensurações de excreção urinária de sódio de 24-h e análise das concentrações de proteína C-reativa. Os resultados sugeriram que a presença excessiva de sódio parece estar relacionada ao aumento da inflamação sistêmica, demonstrada pelo aumento da proteína C reativa (proteína de fase aguda hepática marcadora de inflamação), ou seja, quanto mais salgado, mais inflamado. Estes dados tem se mostrado cada vez mais fortes na literatura, se levarmos em conta que já se sabe que o sódio pode ser captado por macrófagos, que são células presentes no tecido que reveste por dentro o endotélio vascular, mais especificamente encontrados na camada íntima e média, e que quando recheados de sódio, são estimulados a produzir fatores constrictores e de crescimento da musculatura lisa do vaso, favorecendo seu enrijecimento, formação de capas fibróticas (ATEROMA), aumentando portanto a pressão arterial e a aterosclerose. Esse processo é chamado de disfunção endotelial e o que caracteriza a disfunção endotelial é o estresse oxidativo, morte mitocondrial e inflamação. Meu raciocinio tende a ir adiante: se levarmos em conta que existem macrófagos adipocitários, acumulados no tecido adiposo inflamado, quanto mais obeso visceral, maior a tendencia ao armazenamento de sódio no tecido adiposo, portanto, mais inflamação, inclusive levando a alterações estéticas por acúmulo de líquido extracelular, típico das celulites ou lipodistrofia ginóide. Importante: há que se esclarecer para a população que existe sódio escondido em grande quantidade em produtos doces (verifique nomes como ciclamato de sódio, sacarina sódica, metabisulfito de sódio, glutamato monosódico, citrato de sódio, benzoato de sódio, EDTA dissódico, entre outros).

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