domingo, 23 de agosto de 2009

Ácido palmitoleico e risco cardiovascular


Ácidos graxos podem ser classificados conforme a presença de duplas ligações em suas cadeias carbonadas. Alguns são saturados (sem dupla), outros monoinsaturados (uma dupla) e outros poliinsatuardos (2 ou mais duplas). Dos monoinsaturados existem 2 representantes: o ácido oleico, que tem 18 carbonos e uma dupla ligação que está no carbono 9, logo w9, muito estudado devido às suas excelentes propriedades relacionadas às doenças crônico degenerativas, especialmente cardiovasculares. O outro bem menos estudado é o palmitoleico, que possui apenas 16 carbonos e a dupla está no carbono 7, portanto w7. Trabalho feito com ratos comparando o efeito de 3 dietas por 12 semanas no perfil lipidico foi publicado em fevereiro deste ano. Uma dieta á base de óleo palma/côco, outra com óleo de canola, outra com óleo de macadâmia e outra com óleo de açafrão. O principal resultado encontrado foi que os ratos alimentados com óleo de macadâmia tiveram menor nível de colesterol-não-HDL e triglicérides em comparação com a palma e óleo de coco. Apresentaram ainda maiores níveis de HDL-colesterol em comparação com o coco, canola e óleo de açafrão. Do que se tem discutido nos trabalhos que tenho lido, estes efeitos se dão em parte pelo fato do óleo de macadâmia ser rico em ácido palmitoleico, o que reduz a peroxidação lipidica quando comparado com outras fontes de gorduras insaturadas, por apresentar apenas uma dupla ligação (monoinsaturado). Óleo de palma e côco são ricos em TCM, canola rica em oleico (w9) e alfa-linolênico (w3), e açafrão rico em linoleico (w6).

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