domingo, 28 de junho de 2009

Por que amônia é tóxica?


Amônia é um composto químico cuja molécula é constituída por um átomo de Nitrogênio (N) e três átomos de hidrogénio H) de formula molecular NH3. Produzida a partir dos processos de desaminação e transaminação, que envolvem a perda e troca/transferência dos grupamentos NH2 presentes nos aminoácidos. A concentração de amônia tende a aumentar nas situações catabólicas, onde as proteínas e aminoácidos corporais são degradados, por exemplo, jejum prolongado, doenças graves e consuptivas, atividade física intensa. A amônia é considerada um composto tóxico quando em altas concentrações, e por ter característica de aumento de acidez pode provocar nos músculos por exemplo, microlesões nas miofibrilas além da redução no potencial elétrico muscular, reduzindo a capacidade de contração e o rendimento por consequência. Amônia também não é bem vinda no cérebro. Seu aumento no principal órgão do corpo está relacionado à incapacidade parcial ou total do fígado em transformar este gás em uréia, o que a tornaria menos tóxica e mais fácil de ser eliminada via fezes e/ou urina. Nesta situação, a amônia tende a reduzir o potencial pós-sináptico (leva à redução do raciocinio imediato por exemplo), aumento na captação de triptofano (cujos metabólitos, entre eles a serotonina, são neuroativos provocando inibição/fadiga central), redução no ATP com perda de energia (amônia desvia glicose para formação de lactato no cérebro, reduzindo a formação de acetilCoa, com perda na função mitocondrial), aumento da osmolaridade intracelular dos astrócitos (pela formação de glutamina), que leva ao seu inchaço e vasodilatação cerebral, e aumento na sensibilidade e ativação dos receptores de GABA (neurotransmissor mais inibitório do cérebro). Pensando no sistema metabólico como um todo, aumento de amônia no sangue favorece a acidose metabólica, o que reduz a atividade de enzimas corporais que preferem pH em torno de 7,4 (ligeiramente alcalino), diminuindo as reações metabólicas como um todo, levando a quadros de falência geral. A redução da amônia e do estado de acidez excessiva no corpo deve ser combatido nutricionalmente com várias medidas, com uma ação central baseada em uma dieta que favoreça as funções hepáticas (detoxificação) e uma dieta de característica alcalinizante, que se retrata na prática com redução no consumo de cereais (especialmente os refinados), leite e derivados, carnes em geral (fontes de aminoácidos muito acidificantes e amoniogênicos - aproveite para responder a enquete ao lado) e açúcar e alimentos que contenham grande quantidade deste. Veja outras medidas para alcalinizar o pH clicando aqui.

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